A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um campo estratégico para garantir o direito à educação ao longo da vida. Com o PNLD 2026 priorizando o uso de recursos digitais, surge um desafio importante: como trabalhar essas propostas com estudantes da EJA que têm acesso limitado à tecnologia? O tema “PNLD 2026 e inclusão digital na EJA” exige abordagens criativas e adaptadas à realidade de cada turma. Neste artigo, exploramos caminhos para promover a inclusão digital de forma significativa, mesmo em contextos de vulnerabilidade.
O que diz o PNLD 2026 sobre recursos digitais?
O Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) orienta a produção de conteúdos que integrem recursos multimodais, como vídeos, podcasts, jogos, QR codes e ambientes digitais de aprendizagem. A proposta visa atender aos novos letramentos exigidos no século XXI.
Contudo, para grande parte do público da EJA, sobretudo em regiões periféricas e rurais, o acesso à internet, a dispositivos móveis ou ao conhecimento sobre o uso dessas ferramentas ainda é um entrave.
Desafios da inclusão digital na EJA
- Falta de acesso a celulares, computadores ou internet estável;
- Desconhecimento sobre como usar ferramentas digitais básicas;
- Medo ou resistência ao uso da tecnologia;
- Ambientes escolares com infraestrutura precária;
- Material didático com recursos digitais subutilizados.
O papel do educador, nesse contexto, é mediar e adaptar as propostas do PNLD para que ninguém fique para trás.
Inclusão digital: um direito e uma ponte para o mundo
Mais do que um recurso didático, o acesso à tecnologia é um fator de inclusão social e cidadania. A familiaridade com o uso de dispositivos e aplicativos simples pode abrir portas para oportunidades no trabalho, no acesso a serviços públicos e na comunicação com familiares.
✔️ PNLD 2026 como aliado
Os materiais do PNLD contemplam atividades híbridas que podem ser adaptadas para contextos com pouco ou nenhum acesso à internet. A modularidade do programa permite que o professor selecione e explore os recursos conforme a realidade da turma.
5 Estratégias práticas para promover a inclusão digital com pouco acesso
1. Diagnóstico tecnológico da turma
Investigue quem possui celular, sabe usar WhatsApp ou já acessou um vídeo no YouTube. Essa informação ajudará a planejar intervenções mais assertivas.
2. Uso criativo dos materiais digitais
Mesmo sem internet, é possível baixar previamente vídeos, áudios ou simuladores do PNLD e apresentá-los offline com o uso de um projetor ou tablet compartilhado. O conteúdo pode ser impresso com QR codes que estimulem o acesso posterior.
3. Oficinas de letramento digital
Organize encontros semanais para ensinar, de forma prática, o uso de aplicativos, a navegação básica na internet e o acesso a materiais do PNLD. O conteúdo dessas oficinas pode ser integrado às disciplinas regulares. Uma boa inspiração são os cursos gratuitos do AVAMEC – Ambiente Virtual de Aprendizagem do MEC, que oferecem capacitações voltadas ao uso pedagógico das tecnologias.
4. Aprendizagem entre pares
Promova a colaboração entre estudantes com mais familiaridade tecnológica e aqueles que têm dificuldades. Além de fortalecer vínculos, a estratégia incentiva o protagonismo e reduz a exclusão.
5. Parcerias com a comunidade
Busque apoio de escolas vizinhas, bibliotecas públicas, ONGs ou centros comunitários que possam ceder equipamentos ou sinal de internet para ações pedagógicas específicas.
Avaliação e acompanhamento: como saber se está funcionando?
A inclusão digital também pode (e deve) ser acompanhada por meio de:
- Portfólios digitais e físicos, com registros de progressos e dificuldades;
- Roteiros de autoavaliação sobre o uso das tecnologias;
- Diários reflexivos em que o estudante relata como usou o conteúdo digital em sua vida;
- Revisões periódicas das estratégias adotadas, com base no feedback dos estudantes.
Essas ações mostram o avanço não só no domínio da tecnologia, mas também na autonomia e confiança dos estudantes.
Conclusão: PNLD 2026 e inclusão digital na EJA como oportunidade de transformação
PNLD 2026 e inclusão digital na EJA não são conceitos incompatíveis — pelo contrário, representam um caminho possível de equidade e inovação. Mesmo em contextos com limitações de infraestrutura, é viável adaptar os materiais e envolver os estudantes com criatividade, respeito às suas realidades e foco em autonomia. A escola, nesse cenário, se torna um espaço de possibilidades.
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