O Dia Internacional das Mulheres tem suas raízes em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York exigindo a redução das jornadas de trabalho, mudança melhor e direito ao voto. Cerca de um ano depois, o Partido Socialista da América declarou o primeiro Dia Nacional das Mulheres.

Foi em 1910 que Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos direitos das mulheres, propôs que os dados se tornassem internacionais, na Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague. E, no ano seguinte, a data foi celebrada pela primeira vez na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.

Mas o Dia Internacional das Mulheres só foi oficializado em 1975, quando a ONU comemorou a data. Foi então que, no dia 8 de Março, os dados que referenciam uma passagem de mulheres russas em 1917, tornaram-se um momento de enaltecer os avanços das mulheres na sociedade, na política e na economia, com greves e protestos organizados para conscientizar a população sobre a desigualdade de gênero.

Sabemos que essas lutas estão longe de acabar: a baixa representação de mulheres em postos de comando, bem como as diversas opressões ainda presentes na sociedade mostram a necessidade de continuarem cada vez mais presentes e fortes. Por isso, hoje, a Palavras Projetos Editoriais aproveitam para fortalecer o incrível trabalho de nossos autores.

Confira abaixo a lista de nossas obras escritas por mulheres:

Avenida do Paraíso

Autora: Georgina Martins

Ilustrador:  Sérgio Alves

Alternando sentimentos contrastantes, como tristeza e alegria, esta obra é um relato sensível das experiências vividas por uma menina do interior do Brasil, no período da Segunda Guerra Mundial. Enquanto lida com uma dura realidade, um personagem sonha e dá forma ao seu maior desejo: conhecer um paraíso tal qual idealizado pelos pais, um espaço livre de conflitos e diferenças sociais.

Com essa narrativa, a autora, Georgina Martins, nos conduz a mergulhar em um tempo distante, marcado por uma grande guerra no cenário global, e no qual o Brasil rapidamente se urbanizava – uma realidade vivenciada por muitos dos avós e bisavós dos jovens leitores a quem este livro se destina. São memórias e recordações da personagem-narradora, capazes de tornar singela uma realidade pouco importante, construindo um retrato profundo do espaço rural brasileiro da década de 1940.

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Estamos todos bem

Autora e ilustradora: Ana Penyas

Tradução: Ivan Martin

A partir da memória de suas avós, Ana Penyas apresenta, de forma intimista, a vida de duas mulheres sob a ditadura Franco e as primeiras décadas da democracia espanhola após a Segunda Guerra, explorando a vivência de uma geração de mulheres cujas vidas relatadas são lembradas .

Misturando passado e presente, o romance gráfico Estamos Todas Bem apresenta com fotografias, ilustrações e colagens o dia a dia dessas mulheres a partir de uma visão feminista.

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Li M’in, uma criança de Chimel

Autores: Rigoberta Menchú e Dante Liano

Ilustrador: Bendita Gambiarra

Tradutor: Ivan Martin

Li M’in nasceu em Chimel, no interior da Guatemala, em meio a uma família de origem quiché, um dos povos maias da América Central. O livro conta de forma poética a infância da pequena índia. A cada página, descobrimos o cotidiano de sua comunidade: seus hábitos migratórios, a força da natureza no dia a dia e na espiritualidade de seu povo, a importância da oralidade na transmissão do conhecimento e no fortalecimento das tradições locais. São histórias singelas que nos remetem a um passado longínquo e que trazem de volta as origens de costumes presentes até hoje, apesar de dissociados por séculos pelo processo da colonização europeia.

A história é baseada em memórias relatadas na biografia Eu, Rigoberta Menchú, cuja protagonista é hoje reconhecida ativista dos direitos humanos e foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz em 1992, por sua contribuição na luta dos direitos das mulheres e dos povos indígenas.

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O Reciclador de Palavras

Autora: Barbara Parente

Ilustração: Carla Chagas

O Reciclador de Palavras narra a história de Luiz, retirante cearense que encontra na reciclagem o sustento para a família deixada no sertão e descobre nos livros um novo sentido para a vida. Vasculhando o lixo, ele encontra livros que lhe servem não apenas para reavivar o gosto pela leitura, mas para ensinar crianças em situação de rua a ler e se encantar também com a literatura. 

De acordo com a autora, a obra possui uma correlação com a história de sua família. “Durante a escrita, resolvi criar uma ponte entre o catador e a história do meu pai, que saiu do sertão de Pernambuco em busca de uma condição melhor em uma cidade grande e enfrentou sozinho muitos desafios. O Reciclador de Palavras é uma história de personagem, de busca e de superação de obstáculos”, explica.

Saiba mais sobre O Reciclador de Palavras em: www.palavraseducacao.com.br/recicladordepalavras

Para onde me levam os meus pés?

Autora: Cibele Lopresti Costa

Ilustração: Ianah Maia

Muitas vezes nem percebemos, mas os pés estão ali, determinados, nos sustentando e nos levando para muitas experiências.

Nas páginas de Para onde me levam os meus pés?, de Cibele Lopresti Costa, vamos, de forma poética, conhecer — e nos reconhecer — nas aventuras dos pés especiais de uma garota corajosa, exploradora de si e do mundo.

Uma história sobre aceitação e amadurecimento que nos faz refletir: para onde nos levam os nossos pés?

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Pelos Olhos de Minha Mãe

Autora: Laura Huzak Andreato

Fotografia: Iolanda Huzak

Com trechos de diários, publicações na imprensa e registros pessoais, o livro relata a vida e a obra de Iolanda Huzak, as relações entre mãe e filha, temas como a infância, a condição de vida de mulheres e trabalho.

Iolanda escolheu ser fotojornalista, aquele profissional habilitado a utilizar seu olhar e equipamentos para registrar a vida cotidiana por meio das imagens, e assim informar e provocar a reflexão do público em geral. Foi com esse propósito que ela criou, ao longo da vida, um acervo fotográfico marcado pela beleza estética e, ao mesmo tempo, de expressivo valor social.

Os relatos pinçados em suas memórias e espalhados presentes em Pelos Olhos de Minha Mãe mostram que ela concebia seu trabalho como resultado de uma investigação, mas também a partir de uma interação profunda com o retratado.

São esses registros da memória que conduzem a narrativa, ao lado das lembranças afetivas que marcaram Laura Huzak Andreato, sua filha, em um entrelaçar de testemunhos que acabaram por construir uma narrativa única e sensível.

Saiba mais sobre Pelos Olhos de Minha Mãe em: www.palavraseducacao.com.br/olhosdeminhamae

Pra cima e pra baixo

Autora e ilustradora: Carla Irusta

Pra cima e pra baixo é um convite para você descobrir e redescobrir muitas maneiras de perceber o que está a sua volta. O tema central da obra se relaciona ao cotidiano, aos mais diversos acontecimentos observados no correr do dia de diversas comunidades, sejam elas escolares ou familiares, no campo ou na cidade. Fatos que muitas vezes se encontram relacionados ao mundo natural, ao meio ambiente. Um cotidiano marcado pelo ritmo do subir e descer, atos contrários e condicionados, por exemplo, pelos caminhos, pela gravidade e pela condição física, a criar movimentação distinta e diversa, que, frequentemente naturalizados, quase passam despercebidos em nossas rotinas.

Saiba mais sobre Pra cima e pra baixo em: www.palavraseducacao.com.br/pracimaeprabaixo

Quimera

Autora: Celeste Baumann

Ilustração: Lily Carroll

Kizua é um menino de nove anos que, certa noite, é surpreendido pelo ataque de mercadores de escravos a sua comunidade, no interior da África, e, junto a seus pais, é levado à força até o mar, que tanto desejava conhecer.

Flutuando sobre aquelas águas, porém, o menino vê algo que ao mesmo tempo o aterroriza e fascina: um enorme navio negreiro. Assim teve início a jornada de Kizua pelas entradas de Quimera, uma das experiências mais visíveis que alguém pode viver, ainda mais sendo criança…

Sabe-se que essa mesma história foi vivida por milhões de africanos, que foram escravizados e trazidos da África para a América entre os séculos XVI e XIX. Essa foi a maior e mais brutal diáspora de toda a história da humanidade. Prepare-se para essa viagem, emocionante e cruel, ao lado de Kizua!

Saiba mais sobre Quimera em: www.palavraseducacao.com.br/quimera