Pela Lei de Diretrizes Básicas (9394/96), a Educação Básica brasileira é dividida em três ciclos: a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

Em cada um desses momentos da vida do estudante, as aprendizagens são asseguradas a ele para o pleno desenvolvimento das competências gerais da Educação Básica.

Por sinal, uma das definições da BNCC para o conceito “competência” é justamente saber como “mobilizar os conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”.

A seguir, você entende melhor como fazer a mobilização entre conhecimentos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

O que orienta o Ensino Fundamental na BNCC

Como lembra a Base Nacional Curricular Comum, o Ensino Fundamental consiste no período escolar mais longo da vida do estudante na Educação Básica.

Dos 6 aos 14 anos, crianças e adolescentes são apresentadas a situações lúdicas de aprendizagem e as formas de vivenciar vivenciadas da Educação Infantil.

Ao longo de sua passagem pelo Ensino Fundamental, o estudante se depara com desafios de maior complexidade tanto da vida, quanto da realidade da escola. É nesse momento, também, que o estudante é estimulado a construir novas formas de relacionamento com o mundo, novas formas de ler e de formular hipóteses sobre as características, de testá-las, de se opor ao que é exibido a ele e de elaborar suas próprias conclusões.

É importante lembrar que, além do conteúdo abordado na sala de aula, o Ensino Fundamental compreende um período de profunda transformação do estudante enquanto indivíduo.

“Nesse momento da vida da maioria dos jovens que frequentam as escolas, são inúmeras as transformações e alterações nas maneiras como pensam/sentem a sua existência. Suas subjetividades, comportamentos, expectativas, posturas diante de si, das famílias e da escolarização adquirem outras formas diferentes, pois, no Ensino Fundamental, os aprendizes iniciam o processo como crianças e o finalizam como adolescentes para ingressoem na juventude no Ensino Médio”, afirma José Teixeira Neto, professor e articulador Pedagógico do Ensino Fundamental Maior e Ensino Médio do Colégio Antônio Vieira — Rede Jesuíta de Educação, de Salvador/BA.

Aprendizados do Ensino Fundamental para o Ensino Médio

Se no Ensino Fundamental o estudante começa a criar bases para sua autonomia e emancipação como indivíduo, no Ensino Médio é a vez da consolidação dessa característica de sua personalidade.

Segundo Teixeira Neto, as séries finais do Ensino Fundamental devem estruturar pontes para a realização de travessias e, sobretudo, para a produção de metodologias e currículos que acolham jovens e seus protagonismos.

Conforme a BNCC, o Ensino Médio é a fase da Educação Básica em que o jovem se torna protagonista de seu próprio processo de escolarização, “reconhecendo-os como interlocutores legítimos sobre currículo, ensino e aprendizagem”, conforme aponta a Base em sua apresentação sobre o Ensino Médio.

É nesse momento que ocorre, também, a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, um grande planejamento para a jornada do estudante na Educação Básica.

Ao realizar o trabalho com os alunos no Ensino Médio, o professor deve, desse modo, continuar com os conhecimentos adquiridos anteriormente.

“Entretanto, as abordagens dos conteúdos devem ser feitas de forma mais abrangente, com mais flexibilidade”, afirma Teixeira Neto.

Vale lembrar que, no novo Ensino Médio, o aluno não cumpre apenas a formação básica, mas também se vê diante do chamado projeto de vida, com a possibilidade de trilhar sua formação pelos itinerários formativos.

Teixeira Neto ressalta que as mudanças atuais no Ensino Médio visam:

  1. a formação integral do estudante, desenvolvendo competências para o tempo presente e o contemporâneo;
  2. a provocação para engajamento, protagonismo em aprendizagem significativas e emancipação;
  3. a progressividade na ampliação da carga horária, a contextualização e a flexibilização dos currículos — tendo em vista as diretrizes curriculares referendadas para itinerários formativos;
  4. as ações pedagógicas para interações, inclusão e diversificação;
  5. a realização do ENEM, que acontece em duas etapas: uma prova com as competências e habilidades previstas pela BNCC e considerando outros itinerários formativos.

A Palavras Projetos Editoriais pode auxiliar nessa transição de conhecimentos entre o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

Nossas coleções didáticas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Linguagens e suas Tecnologias, além da obra específica de Ciências Humanas e Sociais em diálogo com a Matemática, abarcam conteúdos, instrumentais, sugestões, ideias e estratégias que podem ser aplicadas em sala de aula.

Em cada unidade, são apresentadas propostas de leitura, pesquisa, reflexão, entre outras estratégias didático-pedagógicas que desenvolvem as diferentes competências e habilidades das respectivas áreas, com uma grande abertura para a interdisciplinaridade, resultando em um trabalho instigante em sala de aula e em uma aprendizagem significativa.

Acesse a Sala do Professor, em nosso site, para conferir mais conteúdos sobre o novo Ensino Médio e as mudanças que ocorrem nessa etapa na Trilha Formativa “O novo Ensino Médio, a BNCC e o livro didático.” Cadastre-se também em nosso site www.palavraseducacao.com.br/pnld2021 para receber novidades, lançamentos e promoções diretamente no seu e-mail!