Neste começo de fevereiro, muitas escolas estão retornando às suas atividades. No entanto sabemos que, para o professor, esse retorno começa bem antes, com o período de planejamento das atividades que serão realizadas durante o ano. Assim, convidamos você a conhecer um pouco mais das experiências de nossos autores sobre esse período de planejamento e volta às aulas. Confira abaixo!


Depoimento de Willian Seigui Tamashiro

Olá, colega professor! Mais um ano se inicia, e a nossa rotina de preparação das aulas e das avaliações, também.

Para aqueles que receberam as mesmas coleções, reflitam sobre o que trabalhou e o que não trabalhou na sala de aula. Essa reflexão na preparação das aulas.

Para aqueles que receberam coleções diferentes do ano anterior, recomendo uma leitura atenta do novo material. É importante identificar pontos do livro em que os estudantes apresentam mais dificuldades. Percebo que eles costumam ter mais aberturas na parte de funções, trigonometria e geometria analítica. Assim, costumo analisar o material e verificar se posso apresentar de diferente no quadro de giz ou no projetor para complementar o que está no livro didático e que possa facilitar a compreensão do estudante. Às vezes, um exemplo a mais de função do 1° ou do 2° grau que colocamos no quadro de giz pode fazer a diferença para o aluno. 

Outra coisa que costumo analisar são as atividades dos livros. Muitos deles devem ser aqueles clássicos de vestibular, que sabemos de cor, mas sempre tem um ou outro que não possui solução trivial, nem imediata. Por isso, identificar essas atividades e já resolvê-las pode facilitar o dia a dia. Eu, particularmente, me preocupo com aquelas questões de geometria com pouco enunciadas, pois são necessários muitos conceitos para serem utilizados.  

Nas avaliações, acredito ser importante apresentar os seguintes tipos de atividades:

  • questões conceituais e dissertativas: o aluno precisa treinar a escrita para ajudar na reflexão e organização dos conceitos; 
  • questões de aplicação direta do assunto; 
  • questões que exigem mais de um conceito para serem resolvidas. Por exemplo, questões de geometria que exigem Pitágoras e conceitos trigonométricos; 
  • atividades que diferenciam os alunos mais atentos, que exijam um nível maior de abstração ou que requerem muitos conceitos.

Bem, espero ter ajudado. Um abraço e um ótimo ano para todos nós.

Willian Seigui Tamashiro

Graduação em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Mestrado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Autor e editor de livros didáticos de Matemática. Produtora de conteúdos digitais para o ensino da Matemática. Professor de Matemática dos cursos preparatórios para vestibular e do Ensino Superior em São Paulo–SP.


Depoimento de Gabriela Lisboa Pinheiro

O momento de retorno às aulas é quase sempre um tempo de esperanças e expectativas para professores e estudantes. É raro não estarmos felizes pelo reinício, ansiosos pelo que virá e dispostos a fazer tudo dar certo. 

Esse é o espírito que tento incentivar, por isso deixo as primeiras aulas mais leves, cheias de conversas com e entre os estudantes, um momento para que possamos nos conhecer. 

Como sou professora de língua portuguesa e literatura, em meus últimos anos, tive o hábito de, ao pedir para que o estudante se apresentasse, também relatasse brevemente como era sua relação com a matéria e, principalmente, se gostava de ler e o que costumava ler. Enquanto eles falam, eu anoto as referências que cada um deles fornece, para estar atenta a elas ao longo do ano. 

Gosto também de ler e comentar um texto com eles, algum que eu tenha certeza de que agradará a maioria dos estudantes, para, assim, marcar uma atividade que será frequente e, afinal, a que acredito ser a mais importante em nossa área de estudo.

Gabriela Lisboa Pinheiro

Bacharela e licenciada em Letras (FFLCH–USP). Mestra e doutora em Letras — Literatura Brasileira (FFLCH–USP). Professora de Língua Portuguesa na Educação Básica das redes pública e particular de São Paulo–SP.

 


Depoimento de Solange Almeida Freitas

O ano eletivo recomeça, e nós, educadores, precisamos nos preparar para recepcionar nossos estudantes e repensar nosso planejamento das aulas.

Na escola, no primeiro dia, professores e estudantes regressam falando do que vivenciaram nas férias — viagens, passeios, atividades culturais, encontro com amigos e familiares! É recomendável abrir um espaço para a troca dessas experiências e para que os estudantes expressem suas expectativas para a nova série ou segmento de ensino.

Uma dinâmica pode favorecer essa troca. Por exemplo, o professor pode organizar a sala de um modo diferente, em um semicírculo. Pedir para que os estudantes se posicionem em pé em frente às carteiras. O educador, usando uma bola, pode passá-la para um estudante e solicitar que ele fale o seu nome, conte algo significativo de suas férias e diga uma palavra que resuma suas expectativas para o ano letivo em poucos minutos. Esse estudante passa a bola para um colega e, assim sucessivamente, até que todos possam se expressar e a bola retorne para o professor.

Quanto ao planejamento, é interessante resgatar o do ano anterior e refletir sobre os avanços pedagógicos e as dificuldades enfrentadas, a fim de aprimorá-lo cada vez mais.

Solange Almeida Freitas

Bacharela em História pela Universidade de São Paulo (USP). Licenciada em História pela Universidade de São Paulo (USP). Professora do Ensino Fundamental e do Ensino Médio na rede pública e privada. Redatora de livros didáticos.


Depoimento de Arno Aloísio Goettems

Além de apresentar o curso e os caminhos que vamos trilhar juntos ao longo do ano letivo, acho importante criar um ambiente de interação e de acolhida. 

Conto um pouco da minha trajetória de vida, do meu trabalho como professor e autor e do quanto esse trabalho me realiza pessoal e profissionalmente. 

Gosto de ouvir as expectativas da turma e suas vivências, o que aprendi em Geografia nos anos anteriores, na escola e fora dela. 

Coloco-me também como um estudante eterno, que gosta de ler e descobrir o mundo.

Arno Aloísio Goettems

Graduado em Geografia (FFLCH–USP). Licenciado em Geografia (FE–USP). Mestre em Geografia Humana (FFLCH–USP). Professor de Geografia na educação básica da rede particular de São Paulo (SP).


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