Entre as mudanças trazidas pelo Novo Ensino Médio, uma que chama atenção é uma maior integração entre as áreas do conhecimento. Nessa mudança, entra a chamada interdisciplinaridade. Mas como realizar esse trabalho de forma eficaz e otimizada no dia a dia?

A seguir, você confere por que a interdisciplinaridade se tornou um tópico fundamental para a Educação Básica e como o planejamento é uma ferramenta fundamental para a rotina do professor.

Novo Ensino Médio e as áreas do conhecimento

A orientação do aprendizado em quatro grandes áreas foi apresentada pela primeira vez nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio de 1998 e visa reunir os conteúdos em áreas compostas por dois ou mais componentes curriculares.

Com o art.12º da lei 13.415/2017, sobre o Novo Ensino Médio, e, conforme previsto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), fica determinado que o aprendizado do último ciclo da Educação Básica é oferecido em quatro áreas do conhecimento. São elas:

  • Linguagens e suas tecnologias;
  • Matemática e suas tecnologias;
  • Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
  • Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

Interdisciplinaridade em atuação

A ideia da organização em áreas do conhecimento parte justamente da inclusão — e não da exclusão. Isso porque essa organização se constitui em uma estratégia para o fortalecimento da formação do estudante, pois fornece uma compreensão mais ampla da realidade, já que promove análises e/ou intervenções significativas em seu meio.

Nesse sentido, o trabalho interdisciplinar torna-se ferramenta chave no cotidiano do professor, pois favorece a mistura de conhecimentos e saberes e coíbe o trabalho fragmentado.

Observe um exemplo para ser aplicado em sala: qual era o contexto histórico no qual o livro “Vidas Secas” foi escrito? De que forma o momento do Brasil, na época, impactou a produção de Graciliano Ramos? Para responder a essas questões, os estudantes deverão visitar os componentes curriculares de diferentes áreas, estabelecendo a interdisciplinaridade. Já abordamos em nosso blog como a obra pode ser utilizada também na versão em quadrinhos para o trabalho interdisciplinar. Veja que não faltam exemplos para integrar as áreas de conhecimento em sala de aula!

Como superar os desafios da interdisciplinaridade

O principal desafio do professor ao atuar de maneira interdisciplinar, na visão de Ana Paula Marques, diretora acadêmica do Colégio Antônio Vieira, unidade de ensino externo para o Ensino Fundamental e Médio de Salvador (BA), é desfragmentar os saberes e a visão contida na lógica cartesiano.

“Todos nós fomos formados nessa perspectiva e reproduzimos, até inconscientemente, esse modelo mental. Essa concepção está para além de teorias, abordagens e planejamentos, o professor precisa conceber e lidar com os específicos educacionais de forma complexa, extrapolando os limites cartesianos de sua área e praticando diariamente a transversalização dos conhecimentos”, afirma a diretora.

A importância do planejamento

Uma estratégia que pode ajudar o professor a romper os obstáculos para trabalhar com a interdisciplinaridade em sala de aula é o planejamento prévio. Para isso, é válido consultar e avaliar o material didático utilizado em sua área (assim como os materiais usados ​​pelos demais professores), usar as reuniões para trocar ideias e experiências com seus colegas (quem sabe desse papo não nasce um projeto?).

“Não existe inter ou transdisciplinaridade sem que esse diálogo esteja bem consolidado. Além da reunião pedagógica, também existem espaços em que os professores se reúnem para criar, realizar os brainstormings e alinhar seus pensamentos”, diz o assistente de direção, Diego Franco. Atualmente, o profissional trabalha e acompanha de perto a implantação do Novo Ensino Médio no Colégio Renovação, com unidades em São Paulo e Indaiatuba.

A Palavras Projetos Editoriais pode te ajudar nessa! Nossas coleções didáticas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Linguagens e suas Tecnologias, além da obra específica de Ciências Humanas e Sociais em Diálogo com a Matemática, abarcam conteúdos, instrumentais, sugestões, ideias e estratégias que podem ser aplicadas em sala de aula.

Em cada unidade, são apresentadas propostas de leitura, pesquisa, reflexão, entre outras estratégias didático-pedagógicas, que desenvolvem as diferentes competências e habilidades das respectivas áreas, com uma grande abertura para a interdisciplinaridade, resultando em um trabalho instigante em sala de aula e em uma aprendizagem significativa.

Acesse a Sala do Professor, em nosso site, para conferir mais conteúdos sobre o Novo Ensino Médio e as mudanças que ocorrem nessa etapa na Trilha Formativa “O novo Ensino Médio, a BNCC e o livro didático”. Cadastre-se também em nosso site para receba novidades, lançamentos e promoções diretamente no seu e-mail!