Literatura | Vai, DJ!

Literatura

Vai, DJ!

O intrigante caso dos discos perdidos

João Rocha Rodrigues e Elifas Andreato

Vai, DJ! – O intrigante caso dos discos perdidos

Acompanhe Rosa na descoberta da obra de um dos mais importantes artistas brasileiros: Elifas Andreato.

Sobre a obra

Rosa sonha em ser DJ, mas não tem dinheiro sequer para comprar um disco de vinil. Imagine sua surpresa ao descobrir na própria casa uma caixa cheinha de capas de discos lendários – todas elas vazias…

 

Em uma trama envolvente, cheia de “zaps, posts e chats”, a adolescente conhece novos lugares e pessoas, se depara com momentos significativos da história e da cultura do país e acaba descobrindo a fascinante obra de um dos mais importantes artistas brasileiros: Elifas Andreato.

Conheça os autores de Vai, DJ!

  • João Rocha Rodrigues

    Jornalista, diretor audiovisual e roteirista, João Rocha Rodrigues especializou-se na criação, pesquisa e desenvolvimento de conteúdos sobre cultura brasileira para diversas plataformas, como TV, exposições, livros e revistas. Vai, DJ! - o intrigante caso dos discos perdidos é seu livro de estreia.

  • Elifas Andreato

    Elifas nasceu em Rolândia, no estado do Paraná, em 1946. Sua família era pobre e, tentando uma vida melhor, viveram em vários lugares. Ainda criança, ele trabalhou na roça, plantando café e milho e entregando leite, e na serraria do tio, lustrando móveis. Em casa, ajudava a cuidar dos irmãos mais novos.

  • Estúdio Lorota

    Juliana Calheiros (Juca) nasceu em Olinda (PE), em 1981. Possui formação em Artes Plásticas pela UFPE e recebeu, em 1999, menção honrosa no Prêmio Pernambuco de Artes Plásticas – Novos Talentos. Participou de diversas exposições em Pernambuco até mudar-se para São Paulo, em 2004. Karen Zlochevsky nasceu em Israel, em 1980. Formou-se Bacharel em Desenho Industrial e Programação Visual na UFPE, em 2003, trabalhou como designer em diversas agências de Pernambuco e São Paulo. Ambas são responsáveis por criar o Estúdio Lorota, com o propósito de dar forma a uma linguagem contemporânea e de domínio do público leitor juvenil. Confira a entrevista completa abaixo!

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Ao lado de Rosa, ler o mundo que nos cerca

Nas páginas de Vai,DJ!, a inquieta Rosa não poupou esforços para desvendar o misterioso caso das capas de discos que pertenceram ao seu avô. Mais do que isso: com determinação, nos conduziu por um punhado de reflexões, entre elas por onde exatamente passariam hoje as fronteiras que separaram literatura e história.

 

Esse trançado entre realidade e ficção, construído ao longo do livro, nos guia por um mergulho na vida real (e pelos traços!) do artista gráfico Elifas Andreato; no reconhecimento de momentos cruciais da recente história do Brasil e da música popular brasileira (MPB); nos flagrantes do cotidiano das culturas juvenis que ocupam hoje as periferias dos grandes centros urbanos do país; e nos muitos embates que marcam a adolescência na atualidade.

 

Tudo isso porque – em seus movimentos para desvendar os segredos daquela caixa – Rosa vai se apropriando aqui e ali de acontecimentos bem reais de nosso passado, ao mesmo tempo que amplia seu repertório cultural e nos faz perceber o papel das artes como elemento essencial para a formação do indivíduo e de sua consciência em relação ao lugar que ocupa na sociedade.

 

Ao lado de Rosa, assim, exercitamos a leitura e a interpretação de imagens, considerando os valores implícitos na criação e nos processos técnicos e estéticos de composição. Compreendemos com isso que não existe uma única interpretação para as diferentes narrativas de obras artísticas. Vai, DJ! nos mostra que em nosso dia a dia as diversas leituras do mundo se estendem para muito além dos textos escritos, convidando o público leitor a penetrar as narrativas multimodais, aquelas construídas pelas diversas linguagens que hoje se fazem presentes na sociedade contemporânea.

 

Assim, enquanto reconhece o repertório de uma tradição literária, o livro nos convida a uma rica, intrigante e formadora visita ao repertório diverso que compõe o patrimônio histórico e cultural dos brasileiros, valorizando ainda as culturas presentes no cotidiano dos jovens (entre elas a das redes sociais) e o diálogo entre gerações, tão importante em nossa sociedade.

Lugares na estante

A história de Rosa contempla muitos dos temas contemporâneos que marcam nossa sociedade: o multiculturalismo e a valorização da história e da cultura da população negra brasileira; o mundo do trabalho para a juventude, que é cercado de sonhos e carece de bom planejamento; a cidadania, os direitos humanos e os assuntos cívicos, ao abordar a vida social e em família; o respeito e a valorização da mulher e do idoso.

 

Considerando esses e todos os demais temas, em qual lugar da estante você colocaria Vai, DJ! – O intrigante caso dos discos perdidos? O livro teria lugar garantido entre aqueles que tratam das inquietações da juventude. Em sua narrativa, Rosa vivencia momentos característicos do mundo dos jovens, questionando seu futuro em relação ao trabalho e aos próprios sonhos, enquanto seu núcleo familiar luta para ver garantido seu direito de adolescente de se dedicar exclusivamente aos estudos, apesar das dificuldades financeiras que os cercam. Esse é um tema que abre perspectiva para uma reflexão sobre projetos de vida, considerando o processo de amadurecimento do jovem, suas emoções, seus sentimentos, seus planos para o futuro.

 

O livro teria lugar também entre os títulos que refletem sobre os jovens no mundo do trabalho. Rosa, afinal, nutre o desejo de trabalhar, ganhar dinheiro e, desse jeito, adquirir os instrumentos da profissão com que sonha (e que a família teima em considerar um hobby). Esse desejo é alimentado pelo convívio com vários adolescentes de sua escola que já trabalham após o horário de aula, uma realidade vivida por diversos estudantes do Ensino Médio país afora. Como conciliar esses dilemas, que em muitos casos se somam ainda às precariedades e às desigualdades presentes na sociedade brasileira? O planejamento, com certeza, é um dos melhores caminhos a seguir, estabelecendo prioridades e passos para se aproximar do desejado.

 

Tratando dessas temáticas, Vai, DJ! estabelece um diálogo bem próximo com a sociologia e a antropologia, sobretudo ao considerarmos que a história de Rosa se passa em uma área periférica de um grande centro urbano (São Paulo, SP), construindo para o leitor um panorama do estilo de vida dessas comunidades, valorizando as culturas periféricas e o negro na sociedade. Ao longo da narrativa, ainda, a personagem principal e seus colegas tomam conhecimento de acontecimentos recentes da história do Brasil, entre eles episódios marcantes do regime militar. Vários desses eventos ganham destaque ao longo do romance por causa das vivências de Elifas Andreato, que na época se colocou como opositor do regime e defensor dos direitos humanos.

 

A esses diálogos somam-se ainda diversas figuras femininas fortes e não ficcionais que aparecem ao longo do livro, além das inúmeras personagens mulheres de grande importância na trama, como a educadora do museu, a avó e a mãe de Rosa e a própria protagonista, destacando e valorizando o lugar fundamental que as mulheres ocupam na sociedade.

 

Por fim, vários dos diálogos do romance se dão em aplicativos de conversa no celular ou por e-mail, aspecto que possibilita o desdobramento de temas da cultura digital no cotidiano do jovem.

 

É, parece que não vai faltar lugar na estante para acomodar as aventuras de Rosa em Vai, DJ!. Usufrua a diversidade!

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