Confira a entrevista com a autora e ilustradora de A galinha dos vizinhos e o alfabeto de sopinha, Bia Villela. O início da produção de livros e a importância da leitura compartilhada de obras infantis foram alguns dos assuntos envolvidos. Confira o texto completo abaixo e saiba mais sobre a obra, aprovada no PNLD 2022, clicando aqui.

Bia Villela nasceu em São Paulo e sempre brincou muito com seu irmão gêmeo na cidade, no sítio e na praia. Formada em design gráfico pela Rocky Mountain College of Art and Design, nos Estados Unidos, e em veterinária pela Universidade de São Paulo, é autora de livros infantis. Inventa textos, ilustrações e cria os projetos gráficos para cada livro. Os animais estão em todas as suas obras.


Palavras Projetos Editoriais: Como você começou na produção de livros infantis?

Bia Villela: Eu nunca imaginei que seria autora de livros! Me formei em veterinária e, anos depois, em design gráfico. Já trabalhando nessa área, resolvi fazer uma releitura de Os três porquinhos para mostrar às pessoas meu modo de pensar em termos visuais e de texto. Ao levar o meu currículo com a minha versão desse conto para a Editora Paulinas, me proponho publicá-lo. Que surpresa excelente! E foi assim que surgiu no modo “autora de livros”.

Palavras: Qual é a origem de “A galinha dos vizinhos e o alfabeto de sopinha”? Como você teve a ideia da obra?

Bia: Foi pensando na alfabetização que chorou A galinha dos vizinhos e o alfabeto de sopinha. Essa é uma fase muito especial e mágica. As conquistas são visíveis e comemoradas por todos. E é por isso que gera também muita pressão, competição e cobrança. No meu modo de ver, brincar com desenhos, letras e formação de palavras torna esse processo divertido e mais suave. E é isso que eu procuro fazer nesse livro, afinal, o que será que vai falar essa galinha que engoliu letrinhas? Você consegue imaginar?

Palavras: Qual você considera ser a principal diferença na criação de obras externas para crianças menores em comparação a livros para outras faixas etárias?

Bia: No meu modo de ver, livro é como um brinquedo. Quando uma criança gosta de um livro, ela faz descobertas, interage com a história e o explora inúmeras vezes. Por isso o livro deve ter uma linguagem que se conecte com ela, um grande apelo visual e dar vazão para a imaginação, curiosidade e emoção.

Palavras: Qual a importância, na sua visão como autora, da leitura compartilhada de obras infantis?

Bia: Ler com alguém é tudo de bom! É estar perto, presente, dividindo o mesmo espaço e se emocionando junto, cada um da sua maneira. A interação vai além da própria história e abrange relações pessoais de atenção e afeto.

Palavras: Qual sua expectativa para o trabalho da obra nas escolas e salas de aula do país

Bia: Eu acredito que A galinha dos vizinhos e o alfabeto de sopinha trazem muito interesse e alegria para crianças e educadores. O livro estimula a curiosidade e a criatividade da criança, dando margem para numerosos projetos relacionados à fase de alfabetização. O ponto inicial é o professor gostar do livro e acreditar no que propõe a partir dele. A história apresentada com amor tem muita chance de ser recebida do mesmo modo. Daí para frente, o sucesso é praticamente garantido!

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