O mundo que se formou a partir da expansão do capitalismo pode ser caracterizado pelo conflito, mas também pelo intenso desenvolvimento técnico e científico que, atualmente, nos coloca em uma rede de pessoas muito diferentes, mas que ainda assim podem conectar-se fortemente umas às outras. Este mundo de profundas rupturas na história da humanidade é o tema central do volume “Mundo contemporâneo: tensões, conflitos e cooperação” da coleção Palavras de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
A primeira Unidade aborda a expansão do capitalismo no século XIX, protagonizada sobretudo pelas potências europeias que, ávidas por mercados consumidores e fornecedores de matérias-primas, mudou radicalmente suas relações com os povos da África e da Ásia, implicando subjugação e domínio territorial.
As rivalidades surgidas da expansão entre as potências imperialistas estão na base dos dois grandes conflitos mundiais do século XX, assunto central da segunda Unidade, que aborda também a ascensão dos Estados Unidos como potência mundial, e a Revolução Russa, que fez surgir o primeiro Estado fundamentado nos princípios do comunismo.
A rivalidade entre Estados Unidos e União Soviética, ou entre capitalistas e comunistas, marcaria grande parte do século XX, dando forma à Guerra Fria. Este mundo pós-guerra é o tema da terceira Unidade, que viu ainda a emergência do Terceiro Mundo, isto é, de países pobres e não alinhados com as grandes potências, formados com base na dissolução do poder dos países imperialistas.
A Unidade 4 trata da desintegração do mundo soviético, colocando fim à Guerra Fria e ao surgimento de uma nova ordem mundial, amparada na mundialização da economia e no desafio de encontrar regras e mecanismos multilaterais para gerar equilíbrio entre povos de culturas diferentes em permanente intercâmbio de pessoas, culturas, informações e mercadorias.
No século XX, o filósofo alemão Walter Benjamin e o historiador francês Marc Bloch sugeriram, cada qual a seu modo, buscar no passado as razões para viver. Era um retorno em busca de sonhos, projetos, aventuras e experiências capazes de preencher de felicidade o tempo presente.
Essa proposta não foi por acaso. Ambos os autores viveram em momentos marcados por ideologias totalitárias. Os instrumentais oferecidos pelas Ciências Humanas eram, assim, caminhos para construir alternativas à dura realidade do nazismo.
Inspirada nas propostas desses e de outros pesquisadores, esta Coleção de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para o Ensino Médio é um convite a você para que lance mão dos instrumentais ofertados por essa área do conhecimento a fim de ler e compreender as muitas realidades que o cercam.
Esperamos que, dessa forma, você possa construir um projeto de vida pessoal e para a sociedade, pautado na ética, no exercício consciente da cidadania e na busca de um lugar mais justo e menos desigual. A intenção é que você não só aprenda com essas experiências, mas também perceba como as pessoas são capazes de criar soluções para seus problemas e transformar suas realidades. Que essa viagem pelas Ciências Humanas e Sociais Aplicadas possa inspirar e alimentar você na construção do mundo que deseja!
Aprofunde-se no universo da educação.
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